O sub-relator de fundos de pensão da CPI dos Correios, Antônio Carlos Maalhães Neto(PFL-BA), diz que foi proposital a decisão do governo e da direção das duas Casas de não fazer a convocação extraordinária, para esfriar a crise política. Mas ele acha que será um tiro no pé.
- O governo pode até estancar a crise agora, mas é uma estratégia desastrada, porque os trabalhos serão retomados em fevereiro e acabarão se estendendo até lá para o meio do ano, entrando na campanha eleitoral. Não tenho dúvidas que foi uma manobra para esfriar as investigações quando elas recomeçam a esquentar - disse ACM Neto.
Ele admite que será muito difícil a CPI continuar funcionando no recesso sem a convocação extraordinária, pois sem a realização de sessões ordinárias não podem se reunir, ouvir depoimentos, nem aprovar requerimentos de convocação. Só podem analisar documentos, o que deverá ser feito mais pelo corpo técnico da comissão parlamentar.
- O trabalho em janeiro e fevereiro era vital para a conclusão dos trabalhos e a continuidade das investigações. Vamos tentar sensibilizar o Congresso para que as CPIs não parem, mostrando que não adianta o governo tentar estancar as investigações. Eu estarei aqui, faça chuva ou faça sol - garante o deputado.
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