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CONDENAÇÃO

O QUE DIZ O RELATOR: "No Conselho de Ética, a certeza da inocência leva ao arquivamento. A dúvida ou a certeza da culpabilidade leva ao plenário da Casa. Por mais incrível que possa parecer, neste processo, a dúvida cedeu espaço à certeza e a convicção tornou-se definitiva com o depoimento do deputado João Paulo Cunha e com os documentos apresentados pela defesa."

O QUE DIZ JOÃO PAULO: "A moral já trouxe muitos prejuízos à Humanidade. Por isso Jesus Cristo foi crucificado. Hitler ascendeu porque a opinião pública pediu. Galileu Galilei foi à fogueira, não abjurou de suas idéias, mas sempre falando gira, gira. Perdão se eu fui agressivo, mas sou do time que faz política com P maiúsculo, do time que quer um Brasil maior."

INTERESSE PESSOAL

O QUE DIZ O RELATOR:"Ao receber presentes (uma caneta Mont Blanc) e visitas inusitadas, o representado (João Paulo) colocou seu interesse pessoal à frente do interesse público de ser absolutamente impessoal e isento no trato da coisa pública. Só a devolução dos valores para fins sociais (ao Programa Fome Zero, dois anos depois do recebimento) mais confirma o reconhecimento da origem e forma espúria de sua aquisição."

O QUE DIZ JOÃO PAULO: "No seu parecer senti um certo ranço, agressividade. Padre Vieira diz: 'A dor faz gritar, mas se for excessiva ela cala. A luz faz ver, mas se for excessiva cega. A alegria vivifica, mas se for excessiva mata'. Na semana passada, a imagem que fiquei foi de um homem perigoso, mentiroso. Schirmer exagerou na tinta e certamente deve estar tranqüilo com a consciência dele. A foto que ele vendeu da minha pessoa não é verdade. Não sou este homem perigoso, que mente e faz as tramas por trás do poder."

MENTIRAS E OMISSÕES:

O QUE DIZ O RELATOR: "A cada tentativa de explicar todos os detalhes e nuances de seu relacionamento com o senhor Marcos Valério, o representado se enredou numa teia cada vez mal explicada. Tentando encobrir o saque com faturas de TV por assinatura, e depois tendo que confessar o saque e o seu controverso destino, o representado apenas foi piorando cada vez mais a sua situação."

O QUE DIZ JOÃO PAULO: "Vossa Excelência mente, usa a mentira pelo menos duas vezes. Mente quando disse que houve um núcleo pró-João Paulo governador. Além disso, mente quando diz que mandei dois documentos à CPI (sobre os motivos da ida da mulher, Márcia Cunha, ao Banco Rural). Mandei um só, é mentira que mandei dois, eu retifiquei.(...) Vossa Excelência é omisso ante o que não lhe interessa e isso não é um ato de um homem corajoso. Posso buscar três ou quatro passagens para mostrar que é um relator omisso, para não dizer da falta de caráter. Deveria minha mulher desconfiar de mim? este é um tipo de relação que não compartilho."

VANTAGEM INDEVIDA

O QUE DIZ O RELATOR: "Ao receber um dinheiro de uma das empresas do senhor Marcos Valério posteriormente contratado pela Câmara dos Deputados, o representado não objetivou, em sua atuação, nenhum interesse público. Percebeu, sim, em proveito próprio, vantagem indevida no exercício da atividade parlamentar".

O QUE DIZ JOÃO PAULO: "As transcrições são todas mutiladas para mostrar que havia um relacionamento intenso (entre João Paulo e Marcos Valério). Mas eu já disse, o relacionamento foi intenso no começo, na época da campanha, e depois foi rareando."

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