Foram transferidos para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, Francisco de Assis Neto e Ary Ferreira da Costa Filho. Assis Neto e Costa Filho foram presos esta semana sob a acusação de participarem de um esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). O presídio é o mesmo em que Cabral está preso desde novembro passado.
Francisco de Assis Neto, o Kiko, é acusado de lavar R$ 7,7 milhões em propinas para Cabral, em cujo governo foi subsecretário de publicidade. O empresário teve a prisão preventiva decretada pela Operação Eficiência, a mesma que prendeu o empresário Eike Batista. De férias nos Estados Unidos, ele chegou a ser incluído na chamada difusão vermelha, lista de procurados da Interpol, mas voltou ao país e foi detido na sexta-feira (3).
Ary Filho, o ‘Arizinho’, é apontado como “um dos operadores mais importantes” do grupo criminoso de Cabral investigado pela Procuradoria da República. Ele é suspeito de ter atuado para lavar ao menos R$ 10 milhões em propinas por meio de concessionárias de carros e compras de imóveis no Estado do Rio. Deste valor, segundo os investigadores, R$ 8 milhões teriam sido destinados para Cabral. Assessor especial do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, ele foi preso ontem na Via Dutra.
Os dois estavam no presídio Ary Franco, em Água Santa, por onde também passou Eike Batista antes de ser encaminhado para Bangu 9.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”