A advogada Adriana Teline Pedro, de Franca, no interior paulista, suspeita de envolvimento com uma facção criminosa que atua no estado, receberá proteção policial a pedido da CPI do Tráfico de Armas. A medida foi decidida após seu depoimento de mais de quatro horas, no qual revelou temer a reação de membros da facção caso dissesse a verdade.
Quando começou a falar da facção, o depoimento passou a ser a portas fechadas. Até então, as afirmações da advogada foram consideradas pouco convincentes. Ela negou seu envolvimento. Das escutas telefônicas feitas pela polícia e que mostram a advogada passando informações sobre uma cliente para um assaltante, Adriana disse que estava testando para ver se o seu telefone estava interceptado.
- Não ia acontecer nada. Eu dei as características (da cliente) diferentes e queria saber se meu telefone estava interceptado - afirma.
O deputado Moroni Torgan, reagiu com ironia:
- Esse negócio não convence nem criancinha - disse o membro da comissão.
Foi quando Adriana afirmou ter medo do que membros de uma facção poderiam fazer caso dissesse a verdade. A advogada estava acompanhada do pai. Adriana foi suspensa pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e está com pedido de prisão preventiva feito pela polícia de Franca, que realizou escutas telefônicas das atividades dela.
Nas escutas, a advogada aparece passando informações de clientes a um assaltante, segundo a polícia, para roubá-los. Nos grampos, Adriana também oferece pouso em sua casa para um foragido da Justiça e membro da facção criminosa.
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