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Defesa de senador alega fraude em interceptações | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Defesa de senador alega fraude em interceptações| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

O advogado de defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos Almeida Castro, entregou na noite de ontem, último dia do prazo, a defesa prévia do parlamentar ao Conselho de Ética do Senado. No documento, de 61 páginas, o advogado apresenta argumentos para pedir o arquivamento do processo disciplinar contra o senador. "A defesa tem uma base evidentemente jurídica na qual levantamos pontos em que, no nosso entendimento, justificava que o processo fosse arquivado nesse momento", disse Almeida Castro. As informações são da Agência Brasil.

O Conselho de Ética reúne-se hoje, às 10h, e poderá já nesse encontro analisar a defesa apresentada pelo senador. De posse desse documento, o relator da investigação do caso no Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE), terá cinco dias para apresentar seu parecer, prazo que pretende usar integralmente.

Ao entregar o documento na secretaria do conselho, Almeida Castro disse que identificou manipulações nas gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal que indicam para a ligação do senador Demóstenes com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "Nós tivemos acesso, agora, com mais calma, a essas provas e notamos que existem alguns erros que podem significar adulteração dessa mídia, o que é uma coisa bastante grave", disse o advogado. "Quero uma perícia nessa gravação para saber que manipulação foi feita nessa gravação."

Demóstenes é acusado de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal por exploração de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência. Entre os argumentos apresentados na defesa do senador, uma deles refere-se à origem da representação oferecida ao Conselho de Ética. De acordo com o advogado, não se pode admitir uma denúncia que tenha origem em reportagens.

O advogado também ponderou que a Comissão Parlamentar Mista de In­­quérito (CPMI) do Cachoeira, instalada hoje, tem o mesmo alvo de investigação e, portanto, o Conselho de Ética poderia aguardar o resultado da comissão. A CPMI tem 180 dias para concluir seu trabalho.

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