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“É uma denúncia eleitoreira. Não tenho dúvidas de que foi uma coisa dirigida com a intenção de causar dano na caminhada do Beto para a reeleição.”Ivan Bonilha, advogado e coordenador jurídico da campanha de Beto Richa | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
“É uma denúncia eleitoreira. Não tenho dúvidas de que foi uma coisa dirigida com a intenção de causar dano na caminhada do Beto para a reeleição.”Ivan Bonilha, advogado e coordenador jurídico da campanha de Beto Richa| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

A denúncia de que o prefeito de Curitiba e candidato à reeleição Beto Richa (PSDB) teria contratado funcionários fantasmas para seu gabinete na Assembléia Legislativa, entre os anos de 1995 a 2000, não pegou de surpresa o advogado e coordenador jurídico da campanha do tucano, Ivan Bonilha. Ele disse que esperava alguma "artimanha" da oposição na reta final da campanha política.

"O que me surpreendeu foi o conteúdo vazio da acusação. É um procedimento clandestino de investigar crime contra a administração pública", comentou Bonilha. "Claramente é uma denúncia eleitoreira. Não tenho dúvidas de que foi uma coisa dirigida com a intenção de causar dano na caminhada do Beto para a reeleição", completou.

Bonilha garantiu também que vai "perseguir judicialmente os responsáveis pela denúncia", sem citar os nomes de quem seriam eles no seu entendimento. Além disso, ele adiantou que, se a denúncia não for arquivada, vai requerer na Justiça o trancamento do procedimento de investigação. Bonilha considera a denúncia falha e tendenciosa.

Uma das supostas "provas" que embasaram a denúncia teria sido um vídeo mostrando as três pessoas que prestaram depoimento no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) – instituição subordinada à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). O vídeo mostra um homem com uma câmera escondida, que vai até a casa de cada uma das três pessoas e, sem que elas saibam que estão sendo gravadas, questiona se elas haviam trabalhado no gabinete de Richa na Assembléia. Os três que aparecem no vídeo disseram que nunca trabalharam na Casa. "Não posso considerar válida uma gravação clandestina como esta. Isso é um crime, houve má-fé", disse Bonilha.

Sobre a investigação, o advogado não poupou críticas. "Esse procedimento (investigatório) não é regular. A representação foi feita na sexta-feira e no sábado as pessoas já estavam sendo ouvidas. Há um empenho (por parte da Polícia Civil do Paraná) todo especial neste procedimento", afirmou Bonilha.

Transparência

Com relação aos depoimentos, Bonilha falou apenas do caso envolvendo Ivo Ferreira de Oliveira (leia mais na página seguinte) e reafirmou a necessidade de uma investigação isenta e transparente nos dois outros casos. "(Sobre o caso de Ivo), se trata de um homônimo (pessoa com o mesmo nome). Mostra que a denúncia foi feita sem qualquer preocupação em confirmar as informações."

A reportagem procurou o prefeito e candidato à reeleição Beto Richa para comentar a denúncia. No entanto, a assessoria de imprensa dele informou que apenas Bonilha iria comentar o caso.

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