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O advogado Elias Matar Assad, que defende Josiane Portes de Barros Ruts, entrou nesta quinta-feira (11) com pedido de revogação de prisão da ex-mulher de Adel Ruts, prefeito de Rio Branco do Sul que foi assassinado em 1º de março. O pedido foi protocolado na Comarca de Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba. Já o advogado de defesa de Fábio Faria, José Hilário Trigo, disse que protocolou na quarta (10) um pedido para que Faria preste novo depoimento ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, desta vez na presença da defesa e do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Josiane é acusada pela polícia de ser a mandante do crime. O Juízo de Rio Branco do Sul analisará o pedido e ouvirá também o Ministério Público para dar um parecer sobre a decisão. Já Fábio Faria é acusado de ter atirado em Adel Ruts.

Trigo disse que Faria já prestou três depoimentos diferentes à polícia e que em cada um havia uma versão diferente. "Ele foi obrigado a dar essas declarações", afirmou o advogado. Segundo ele, em conversa com seu cliente no Centro de Triagem II, em Piraquara, e ele teria dito não conhecer Josiane.

O advogado disse ainda que um novo depoimento no Cope estava marcado para a quarta-feira (10), porém, foi desmarcado e ainda não havia nova data em que o acusado será ouvido. "Já protocolamos o pedido e agora esperamos que o Fábio (Faria) possa falar novamente na minha presença e também de um membro do Ministério Público", afirmou Trigo.

Investigação

Na opinião de José Hilário Trigo , a investigação policial da morte de Adel Ruts apresentou falhas. Segundo o advogado, Fábio Faria disse que foi colocado na presença de Josiane e então teria feito o reconhecimento. "Ele deveria ter sido colocado em frente à acusada e outras duas mulheres parecidas. E então teria que apontar aquela que, supostamente, foi a mandante do crime", argumentou Trigo.

Além disso, o advogado de Faria disse ainda que não foi feito o exame de luva de parafina, que poderia atestar se havia resquícios de pólvora ou não na mão do acusado. "Essa seria uma prova material importante no inquérito e que não foi feita", disse Trigo.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), mas a assessoria de imprensa informou que não se pronunciaria sobre o caso. A assessoria disse apenas que a investigação policial segue e que faz parte do trabalho do advogado de defesa contestar o trabalho da polícia.

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