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O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido à Presidência da República, afirmou nesta sexta-feira (14) que uma eventual renúncia ao mandato por parte do deputado federal tucano Eduardo Azeredo é uma decisão de "foro íntimo" do parlamentar.

Nos últimos dois dias, aliados do deputado mineiro vêm dizendo que a renúncia de Azeredo é uma possibilidade. Isso ocorreria para que ele, teoricamente, se livrasse do julgamento do mensalão tucano no STF (Supremo Tribunal Federal). Dessa forma, seu processo voltaria para a primeira instância, em Minas Gerais, já que ele perderia o foro privilegiado, embora a ação ainda dependa de decisão do STF.

Questionado sobre essa possibilidade, Aécio disse: "Essa é uma decisão de foro íntimo que ele terá que tomar. Em Minas Gerais, Eduardo Azeredo é conhecido e reconhecido como homem de bem e terá a oportunidade de se defender no STF".

O tucano afirmou, contudo, que, ao contrário do PT, que contestou o STF no julgamento dos petistas no processo do mensalão, o PSDB vai acatar o resultado do julgamento. "Obviamente, nós, diferentemente do PT, teremos que acatar e respeitar a decisão do Supremo. Esperamos que ele possa se defender de forma adequada", afirmou Aécio.

Janot

Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deu parecer no processo do mensalão tucano pedindo a condenação do deputado em 22 anos de reclusão, afirmando haver provas suficientes para a condenação por peculato e lavagem de dinheiro.

Azeredo sempre negou ter envolvimento em crimes pelos quais fora denunciado. Ele era governador de Minas em 1998 e tentava a reeleição, quando os fatos que serão julgados pelo STF e também pela Justiça Mineira teriam acontecido.

A denúncia da Procuradoria da República diz que R$ 3,5 milhões foram desviados de empresas públicas de Minas para a fracassada campanha pela reeleição de Azeredo. Nos dois processos em tramitação constam 12 réus.

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