Aécio Neves disse que qualquer diálogo com o governo deve estar condicionado à investigação das pessoas envolvidas no “maior escândalo de corrupção” do país, que atingiu a Petrobras| Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
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Aécio Neves, na tribuna do Senado nessa quarta-feira (5)
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Ao analisar a relação entre governo e oposição, após as eleições de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nessa quarta-feira (5) na tribuna do Senado Federal que qualquer diálogo deve estar condicionado à investigação das pessoas envolvidas no "maior escândalo de corrupção" do país, que atingiu a Petrobras. Ele cobrou ainda um compromisso com a liberdade, especialmente a liberdade de imprensa; a transparência; e a autonomia e o fortalecimento dos poderes.

Em pronunciamento de meia hora da tribuna do Senado, o tucano disse que os governos do PT foram "intolerantes" durante 12 anos e agora defendem o diálogo. Ele disse que é preciso saber se as propostas do governo atendam as necessidades dos brasileiros. "Qualquer diálogo tem que estar condicionado ao aprofundamento das investigações e exemplares punições daqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção do país conhecido como petrolão", afirmou, quando foi efusivamente aplaudido em plenário. Segundo o tucano, o esquema só veio à tona porque não foi possível abafar os delatores do esquema da Petrobras. Aécio disse que esconder e camuflar foi a tônica do atual governo, embora não tenha conseguido esconder a corrupção. Ele mencionou que a corrupção chegou a níveis nunca antes atingidos no país.

O candidato à Presidência da República pelo PSDB nesse ano fez referência a operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná ao citar a investigação na Petrobras. A Lava Jato foi deflagrada em março deste ano e é resultado de oito anos de investigações sobre crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em que existe a suspeita de que quadrilha teria movimentado R$ 10 bilhões ilegalmente.

Dois personagens centrais da investigação - o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef - firmaram acordo de delação premiada. Youssef