Os agentes penitenciários desistiram da greve que estava programada para este final de semana. O presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), João Rinaldo, disse que os trabalhadores foram pressionados pelos diretores dos presídios a não abandonarem o serviço. A greve seria em protesto pela morte de um agente penitenciário e um carcereiro nesta semana.
- Os diretores dos presídios ameaçaram os agentes com transferência para locais distantes, disseram que iriam responsabilizá-los por uma eventual rebelião e ainda informaram que abririam sindicância por desobediência e não cumprimento das obrigações. O agente fica com medo porque sabe que nem mesmo promovido poderá ser se tiver um processo administrativo contra ele - disse Rinaldo.
Os assessores de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não foram encontrados para responder as acusações do sindicato. Rinaldo disse que vai solicitar uma audiência com o secretário Antônio Ferreira Pinto na próxima semana para discutir o assunto. Neste sábado, os Centros de Detenção Provisória (CDPs) da capital estão funcionando normalmente, inclusive com as visitas dos familiares.
Na última quinta-feira, agentes ligados a um outro sindicato, dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), já haviam paralisado as atividades. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) reconheceu apenas 19 paralisações, mas, de acordo com o sindicato, os serviços foram totalmente suspensos em 41 unidades. Esse número chega a 70, considerando as paralisações parciais.
Nesta semana, um funcionário do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra e um carcereiro do Cadeião de Pinheiros foram assassinados. Ao todo, foram 11 mortes desde os ataques das facções criminosas em maio.
- O que estão fazendo com os agentes é uma covardia. Os agentes se tornaram uma presa muito fácil porque não andam armados. Já a Polícia Militar pode reagir e deixou de ser alvo dos criminosos - afirmou Rinaldo.
Na segunda-feira passada a polícia contra atacou e matou 13 pessoas ao descobrir que uma facção criminosa que atua em São Paulo tinha um plano para matar agentes penitenciários no estado. O ataque a outro carcereiro no mês passado foi esclarecido nesta quarta-feira. Denílson Pereira Simões, de 30 anos, acusado de assassinar com 31 tiros um policial, foi preso na zona leste da cidade.
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