O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), disse nesta tarde que "não há hipótese" de a oposição ceder a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs ao governo. O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse nesta terça-feira (2) que o governo só deverá voltar a dar quórum para a instalação da CPI da Petrobras quando for resolvida a questão da CPI das ONGs.
O relator da CPI das ONGs era o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Ele, porém, teve de deixar o cargo para poder entrar como titular da CPI da Petrobras. O presidente da CPI das ONGs, entretanto, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), nomeou como relator o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM). "Não há hipótese de haver mudança na CPI das ONGs. O regulamento está do nosso lado", disse Agripino, salientando, entretanto, que essa justificativa dos governistas para continuar bloqueando a CPI da Petrobras é apenas uma desculpa. A questão de fundo, segundo Agripino, é o desentendimento dentro da própria base aliada.
O que se comenta no Senado é que PT e PMDB não estão conseguindo chegar a um acordo para indicar o presidente e o relator da CPI. O principal foco de tensão seria o veto do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), à indicação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para a relatoria da comissão.
Agripino avalia até que seria necessária a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para resolver a questão. Da parte da oposição, porém, ele alertou que já há técnicos estudando o regimento do Senado para saber qual o prazo máximo para que, uma vez indicados os integrantes, a CPI seja instalada. "Não vamos permitir que esse impasse atrase o início da CPI pelo resto da vida. Vamos analisar todos os recursos regimentais", disse.
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