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O tucano Geraldo Alckmin reagiu às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desafiou a oposição a mostrar em seu programa eleitoral cenas das CPIs realizadas pelo Congresso, o que permitirá, segundo Lula, que o povo veja "as torturas que eles fizeram com muita gente". Na opinião de Alckmin, primeiro Lula foi omisso e agora está sendo cínico.

- Primeiro, tem corrupção na sala ao lado mas ele não sabia. Isso é omissão, que já não é possível. Agora é cinismo mesmo, que é imperdoável, é mais grave que a omissão. Como dizer que corrupção não tem problema? Omissão pode se justificar, mas cinismo é imperdoável - reagiu o tucano.

Alckmin já tinha criticado o presidente mais cedo, em café da manhã com jornalistas, como conta a colunista de política Helena Chagas em seu blog . O tucano chamou o presidente Lula de "abusado", acusando-o de estar usando o cargo para fazer campanha eleitoral.

Também nesta quinta, Lula disse que tem ações de governo para mostrar e que vai comparar seus quatro anos de mandato com os oito do PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Vocês estão lembrados de que eu vetei a lei aprovada no Senado que proibia imagens externas (no programa eleitoral) porque eu quero que eles coloquem CPI na televisão todo o dia, toda hora. Quero que eles coloquem lá as torturas que eles fizeram com muita gente lá. Quero que o povo veja. Está chegando o momento de fazer uma aferição no que aconteceu no Brasil. Não tem problema. Pode colocar - disse Lula, acrescentando:

- Eu tenho o que colocar. Na hora em que eu decidir ser candidato, vamos colocar o que fizemos e vamos comparar com eles. E vamos colocar quatro contra oito (anos de governo). Vamos medir e deixar o povo livremente julgar. Do outro lado, eles botam o que eles quiserem.

Ao ser perguntado sobre as acusações de Alckmin no programa do PSDB há poucos dias, Lula disse que não iria responder, mas foi irônico:

- Até nem fica elegante ele (Alckmin) ser grosseiro. Ele não tem jeito para ser grosseiro, não combina com ele. Agora, se as pessoas quiserem ser grosseiras, que sejam. Eu vou continuar do jeito que sou. Não vou responder, nem durante a campanha.

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