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Mais de quatro meses após tomar posse no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está prestes a comandar uma mudança no primeiro escalão do governo. Para conceder ao DEM uma pasta e reafirmar o posto de principal legenda aliada no estado, Alckmin pretende anunciar nesta semana uma troca de cadeiras em seu secretariado.

A cúpula nacional do DEM, que deve se encontrar hoje com o governador em São Paulo, está disposta a aceitar a Secretaria de Desenvolvimento Social como forma de participação na gestão Alckmin. A proposta foi feita pelo governo numa segunda rodada de negociações, depois de o DEM resistir em aceitar a Secretaria de Agricultura. A pasta, na avaliação do partido, estava esvaziada, já que os principais projetos da secretaria haviam sido repassados para o Desenvolvimento Social no começo do ano.

"O que estamos analisando agora é a pasta do Desenvolvimento Social, com todos os programas que tem dentro", afirmou um líder do DEM. Entre os projetos, estão algumas das principais marcas sociais do PSDB no Estado: o Bom Prato, que serve 44 mil refeições por dia a R$ 1, e o Viva Leite, que distribui leite para 700 mil famílias por mês. O deputado Rodrigo Garcia foi indicado pelo DEM para representante do partido no governo.

De acordo com um interlocutor do governador, Alckmin não vê como um problema ceder a pasta social para o partido aliado. Avalia que os projetos sociais da secretaria são marcas associadas ao PSDB no Estado e não estariam atreladas a uma pasta.

Se o acordo entre o DEM e o governador for realmente chancelado em torno do Desenvolvimento Social, o atual secretário, Paulo Barbosa, será realocado para outra pasta. O principal desenho em estudo ontem era colocá-lo no Desenvolvimento Econômico, do vice-governador Guilherme Afif Domingos. Aliados de Alckmin dizem que ele decidiu tirar Afif da secretaria após o vice trocar o DEM pelo PSD. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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