O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) enviou nesta segunda-feira à corregedoria da Casa a relação dos deputados acusados cometer irregularidades na compra de ambulâncias para prefeituras. Os nomes foram revelados durante a operação Sanguessuga, da Polícia Federal.

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Aldo também determinou que diretoria-geral instaure uma comissão de sindicância para apurar a responsabilidade dos servidores supostamente envolvidos.

- Em relação aos deputados, o regimento interno determina o envio dos documentos ao corregedor-geral da casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), que tem atribuição para proceder o exame e adotar as providências que julgar cabíveis aos caso - disse.

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O presidente da Câmara afirmou ter recebido manifestações de vários parlamentares que estranharam a presença de seus nomes no documento da Justiça Federal.

- Alguns deputados me afirmaram que nem emendas fizeram para a aquisição de ambulâncias, e seus nomes apareceram no documento.

Neste fim de semana, a imprensa divulgou uma lista de parlamentares supostamente envolvidos no esquema de fraude no Orçamento. A deputada Denise Frossard (PPS-RJ), uma das citadas, afirmou que a PF está agindo por motivação partidária ou foi irresponsável na condução do caso. Ela adiantou que entrará com ação na Justiça contra o delegado responsável pelo caso, Tardelli Boaventura. A deputada destacou que nunca permitiu que seus funcionários fossem ao Ministério da Saúde.

- Sempre soube que aquilo era um antro de corrupção na liberação de emendas. Não deveria ter indicado sequer a emenda, porque o Executivo não tem condição de evitar a corrupção lá dentro.

Aldo também disse ter conversado por telefone com Nogueira, que está fora de Brasília, para comunicar a decisão e pedir a ele uma solução mais rápida ao caso. Segundo o presidente da Câmara, o corregedor tem todas as condições de examinar os casos e fazer justiça àqueles que forem inocentes.

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Dos sete membros titulares da mesa diretora - a quem caberá a decisão sobre o caso após a análise da corregedoria - três são citados no documento: Nilton Capixaba (PPB-RO), João Caldas (PL-AL) e Eduardo Gomes (PSDB-TO). O presidente da Câmara destacou que três serão submetidos às apurações da Corregedoria.