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Em reunião com Temer, ruralistas vetam Stephanes na Agricultura

Um grupo de dez parlamentares ligados à bancada ruralista da Câmara se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), para se declarar contra a indicação do deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR) para o Ministério da Agricultura. Para os ruralistas, Stephanes, que foi ministro da Previdência durante os governos Collor e FH, não é afinado com o agronegócio. No encontro com Temer, os ruralistas apresentaram três nomes de peemedebistas que seriam de interesse da bancada na Agricultura: Moacir Michelleto (PR), Waldemir Moka (MS) e Valdir Colato (SC).

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Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou nesta quarta-feira que o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) vai voltar ao Ministério dos Transportes, cargo que deixou no ano passado para se candidatar ao Senado. Em dezembro, o PR já pressionava o governo pelo retorno de Alfredo Nascimento, senador eleito pelo Amazonas e, na época, sequer empossado. O partido já havia comandado a pasta com Anderson Adauto, primeiro ministro da pasta no governo Lula, e chegou a pedir a manutenção no cargo de Paulo Sérgio Passos, nomeado após a saída de Nascimento.

O ministério continua, portanto, na cota do PR, que não aceita, porém, que a pasta tenha sido esvaziada com a retirada de portos - papel importante no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê a ampliação e construção de 67 deles.

A Secretaria dos Portos, anteriormente pensada como Secretaria de Portos e Aeroportos, será ocupada pelo ex-ministro da Integração Nacional Pedro Britto, que já repassou o cargo a Geddel Vieira Lima (PMDB). A direção do PR diz que "não aceita ministério pela metade".

Na gestão de Nascimento, operação tapa-buracos

Enquanto o PR esteve à frente da pasta, houve conflitos com o governo, pois o PT pôs filiados em postos estratégicos. Mas ainda no ano passado, o presidente do PR, Luciano de Castro (RR), disse que Lula lhe garantira um ministério sem petistas. Para Castro, Nascimento foi responsável por "limpar" a pasta.

A frente do ministério, Nascimento comandou a polêmica operação tapa-buracos nas rodovias brasileiras, em que foram feitas obras paliativas com recursos federais. O ministro também foi alvo de críticas quando patrocinou a escola de samba amazonense Mocidade Independente Coroado, que contou sua história no enredo do ano passado.

Nascimento foi um dos cinco ex-ministros de Lula que saíram vitoriosos das últimas eleições. A vitória, entretanto, foi assegurada por seu espaço próprio no Amazonas, independentemente de sua gestão no ministério. Ele foi prefeito de Manaus.

Alfredo Nascimento vai tomar posse na sexta-feira. No mesmo dia, Marta Suplicy vai assumir o Ministério do Turismo e Walfrido dos Mares Guia vai ocupar o Ministério das Relações Institucionais. Os novos ministros da Agricultura e do Desenvolvimento ainda não foram confirmados.

Depois do fiasco da escolha do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) para o Ministério da Agricultura, Lula pediu prazo ao PMDB para decidir sobre o escolhido a partir de uma lista apresentadas pelo partido. Balbinotti, alvo de uma ação do Supremo Tribunal Federal (STF), desistiu de ser ministro no dia em que uma reportagem do jornal "O Globo" mostrou que ele usou laranjas para conseguir empréstimos bancários.

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