O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), fez elogios ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que tem se tornado o principal símbolo do ajuste fiscal no país. A fala dele evidenciou o clima de tensão que tem sido criado em torno do ministro e dos cortes que ele tenta fazer para reequilibrar as contas públicas, medidas que têm gerado também desafetos políticos, sobretudo no Congresso.
“Até o Joaquim Levy tem sido bondoso com a preparação dos jogos no Rio. Alguém tem de elogiar o Levy em algum momento”, afirmou durante a cerimônia do Ano Olímpico para o Turismo, em Brasília. Paes relatou ainda que está com 85% das obras de instalações prontas para os Jogos. “Não vamos deixar um único elefante branco”, garantiu. “Os estádios, por exemplo, são todos muito funcionais”, afirmou.
A presidente Dilma Rousseff, sentada junto com outras autoridades no palco, sorriu na primeira parte da afirmação, mas depois fechou a cara e fixou o olhar no telão que estava instalado em frente.
Paes também fez brincadeira com os rumores de que o PRB, partido do ministro do Esporte, George Hilton, pode romper com o governo federal e devolver o cargo e disse estar trabalhando para trazê-lo para o PMDB. “A presidente Dilma está hoje cercada por peemedebistas, com exceção do Hilton, mas já estou trabalhando pela filiação dele”, brincou. Na reforma, o PMDB ampliou seu espaço na Esplanada dos Ministérios, ocupando agora sete pastas.
A cerimônia ocorreu em Brasília e contou com a presença da presidente Dilma e do vice Michel Temer (PMDB-SP), além dos ministros do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Esporte, George Hilton. “Os Jogos Olímpicos não são tão somente um evento esportivo. O evento é uma justificativa para trazer benefício para o país”, argumentou o prefeito. “A gente sempre viu as Olimpíadas como possibilidade de transformação. Vencemos a disputa para sediar os jogos pelas possibilidades do que poderia ser feito pelo País”, disse.