No final, Wellington Roberto disse que o pedido de vista é para dar oportunidade de Alencar se defender e revelou que votará a seu favor, contra o seguimento da representação de Paulinho da Força.| Foto: ANDRE RODRIGUES/ANDRE RODRIGUES

Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-MG), pediram vista no processo que tramita no Conselho de Ética contra o deputado do PSOL Chico Alencar (RJ), na sessão desta quinta-feira. Esse pedido adia a votação do parecer do relator, Sandro Alex (PPS-PR), pelo arquivamento da representação do presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP) contra Alencar. Com o adiamento, o caso do deputado do PSOL poderia ser avaliado na próxima terça-feira, quando será votado o parecer contra Cunha, e atrasar esse processo. Mas o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), anunciou que na terça será pauta única, só será votado o caso de Cunha.

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Logo que Sandro Alex terminou a leitura de seu relatório, o deputado Wellington Roberto (PR-PB) pediu vistas, acompanhado de João Carlos Bacelar (PR-BA). Roberto, que é titular do conselho, é tido como voto certo pró-Cunha no órgão. Bacelar também é próximo de Cunha. Outro deputado, Cacá Leão (PP-BA), também pediu vista. No final, Wellington Roberto disse que o pedido de vista é para dar oportunidade de Alencar se defender e revelou que votará a seu favor, contra o seguimento da representação de Paulinho da Força.

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Chico Alencar fez um discurso e se emocionou. Na reunião, a deputada Luíza Erundina (PSB-SP) apresentou uma moção de apoio a Alencar assinada por diversos parlamentares. Seus assessores distribuíram uma nota de apoio ao parlamentar do PSOL assinado por dezenas de intelectuais e artistas, entre os quais o cantor e compositor Chico Buarque e o ator Wagner Moura.

“Invoco minha história de vida, com 16 anos de magistério em sala de aula e minha vida parlamentar no sétimo mandato eletivo. Estes foram conquistados sempre em torno de ideias e causas, com empenho programático de convencimento político, exortando o chamado voto de opinião. Como é notório, exercidos com transparência e posições claras”, disse Alencar.

Na representação, Paulinho da Força acusou Chico Alencar de receber doações eleitorais indevidas de funcionários de seu gabinete. O entendimento do relator é que as doações foram legais.