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Os aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recorreram nesta quinta-feira (13) do arquivamento feito pelo presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), de uma representação contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). O recurso deve ser analisado na próxima semana na mesma reunião em que estarão em pauta os recursos do arquivamento de 11 ações contra Sarney.

A representação do PMDB foi uma retaliação ao fato do PSDB ter feito três acusações no Conselho de Ética contra Sarney. O recurso desta quinta-feira é assinado por senadores de PMDB, PTB e PC do B.

A acusação contra o tucano tem como base um discurso do próprio tucano em plenário. Virgílio admitiu ter mantido durante mais de um ano em seu gabinete um funcionário que estudava na Espanha. O tucano já começou a devolver à Casa o dinheiro que foi pago ao funcionário neste período. Para Duque, apesar do ato ser irregular, o fato do tucano fazer a devolução do dinheiro o isenta de qualquer processo no Conselho.

Outro tema abrangido na acusação feita pelo PMDB diz respeito ao tratamento médico da mãe de Virgílio, já falecida. A casa pagou o tratamento. O tucano afirma que o pagamento foi feito por que seu pai foi senador e os dependentes têm direito a assistência médica vitalícia. Neste tema, Duque argumenta que o senador apenas pediu pelo serviço e que não era responsável pela autorização. "Não há ilicitude em formular um pedido", argumentou.

A representação questiona também um empréstimo que teria sido feito pelo ex-diretor da Casa Agaciel Maia ao tucano. Virgílio estava no exterior e teve problemas em seus cartões bancários. Ele recorreu a um amigo, que, por sua vez, acionou Agaciel. O tucano diz ter quitado o empréstimo. Duque afirmou que o pedido de empréstimo não se caracteriza como ilicitude ou irregularidade no mandato parlamentar.

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