O discurso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta segunda-feira (28) foi recebido com satisfação pelos seus aliados, a maioria da base do governo.
Já a oposição, diz que confia no senador, mas afirma que qualquer outro tipo de julgamento tem que esperar a análise dos documentos apresentados por ele. Todos, governistas e oposicionistas, aliás, cumprimentaram Renan após o discurso.
Derrotado pelo peemedebista na disputa pela presidência do Senado, em fevereiro, o líder do Democratas, José Agripino (RN), disse que, por enquanto, não há motivos para processo no Conselho de Ética.
"Não é o momento. O corregedor (senador Romeu Tuma) tem que avaliar os documentos apresentados. Não tenho o direito de duvidar da palavra do Renan", disse. "Assunto encerrado? Pode ser que não, embora eu espere que sim", ressaltou.
A avaliação foi compartilhada pelo colega de partido, Antônio Carlos Magalhães (DEM-SP). "Minha primeira impressão foi boa. Não é o caso de Conselho de Ética. Agora, temos que ver se surgem fatos novos ou não. E cabe a mim e a vocês (jornalistas) olharmos os documentos", disse.
Para o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o depoimento de Renan foi convincente. "Ele esclareceu tudo e mostrou no discurso que fez depósitos em conta bancária, houve desconto em folha de pagamento", disse.
Renan também recebeu o apoio do senador petista Aloizio Mercadante (PT-SP). "É um momento de constrangimento para o Renan. As acusações foram feitas e ele precisa apresentar provas", disse.
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), considerou o discurso do colega "seguro", mas seguiu a linha dos senadores do Democratas. "Agora, é preciso analisar os documentos", afirmou.
Além de senadores, o discurso de Renan foi acompanhado por aliados da Câmara, como o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e o líder do partido na Casa, Henrique Alves (RN), além do ministro das Comunicações, o senador licenciado Hélio Costa (PMDB-MG).
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