O líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), classificou de “descabidas” as declarações da presidente Dilma Rousseff feitas nesta terça-feira (13) durante congresso da CUT. Para o tucano, não há porque a oposição aceitar “qualquer carapuça” que venha do Palácio do Planalto, diante das irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Cabe à presidente da República buscar soluções para os problemas que estão afligindo o país e não descer para esse debate de questões periféricas, de certa forma, revelando o viés autoritário de quem não admite a crítica mesmo diante de circunstâncias dramáticas como essa em que o desgoverno e a corrupção provocam uma grande indignação no país”, rebateu Dias.
Dilma critica ‘moralistas’ e diz que ninguém tem força para atacá-la
Leia a matéria completaO líder da oposição disse também que Dilma revela indisposição para lidar com as críticas e despreparo para a atividade política no regime democrático.
O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), também rebateu nesta quarta-feira (14) as críticas da presidente Dilma Rousseff ao comportamento dos partidos de oposição. O parlamentar atacou a “arrogância” do Palácio do Planalto, que em sua avaliação teve uma vitória provisória nesta terça-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF), e disse que o governo petista dá “mau exemplo”.
“A presidente deveria ter humildade e fazer autocrítica para reconhecer que o exemplo dado pelos governos do PT são maus exemplos do ponto de vista de trato com recursos públicos”, disse Mendonça. “Se a Petrobras é o grande exemplo moral do governo do PT e da presidente Dilma, a gente tem absolutamente uma referência negativa. Ela deveria conviver com as críticas da oposição de forma respeitosa”, emendou.
Mendonça informou hoje que o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), foi a São Paulo se reunir com os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal para preparar o texto do novo pedido de impeachment que será apresentado nos próximos dias. A ideia é incluir no requerimento a informação de que o governo praticou as chamadas pedaladas fiscais também este ano.
Ontem a oposição encaminhou um ofício ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo que a Casa recorra das decisões do STF que interditaram o processo de impeachment de Dilma. Além de receber autoridades, o peemedebista passou a manhã reunido com técnicos discutindo os termos deste recurso.
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