Em meio aos deputados que discutem o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, alguns visitantes se destacam no plenário da Câmara.
É o caso do ex-ministro e ex-deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP). O impeachment fez a Câmara restringir a circulação na Casa, mas a medida não atinge senadores e ex-deputados.
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Padilha é um dos principais aliados e articuladores políticos do vice-presidente Michel Temer, que assumirá o cargo caso Dilma seja afastada. Ele chegou até mesmo a falar ao pé do ouvido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comanda a sessão e é um dos principais defensores do impeachment.
Para o processo passar na Câmara e seguir para o Senado, é necessário o apoio de dois terços dos deputados, ou seja, 342 de 513. A senadora Gleisi atacou os oposicionistas que dizem já ter ultrapassado essa marca. Segundo ela, o placar será apertado.
“Vim acompanhar um pouco. O centro da atividade política hoje é a Câmara. Conversei com a bancada do Paraná. Estamos avaliando o quadro. Não tem definição. A oposição diz que tem os votos necessários. Não é verdade. A margem aqui é pequena”, disse Gleisi, acrescentando que a disputa está sendo voto a voto.
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Leia a matéria completaEla apontou para Mesa Diretora da Câmara, onde estavam sentados, entre outros, Eduardo Cunha, Jovair Arantes (PTB-GO) e Alberto Fraga (DEM-DF). Jovair foi o relator na comissão de impeachment, tendo dado parecer favorável à continuidade do processo. Fraga é presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública e um dos maiores representantes da chamada bancada da bala.
“A mesa representa o maior atraso da política brasileira, pessoas que fazem política por negócios, valores de desrespeito à diversidade e à divergência, que acham que o outro, o diferente não tem direito. Vamos voltar à Idade Média, com o fortalecimento do negócio na política. Esperamos que consigamos vencer”, disse Gleisi.
À tarde, apareceu na Câmara o senador Alvaro Dias (PV-PR), favorável ao impeachment. “É um fato consumado. Quando a represa estoura, ninguém segura”, disse o senador.
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