Os deputados indicados para falar representando o PSDB na sessão de discussão do processo de impeachment defenderam o afastamento da presidente Dilma Rousseff e fizeram ataques a ela, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT.
Falaram em nome dos tucanos os deputados Carlos Sampaio (SP), Jutahy Jr (BA), Paulo Abi-Ackel (MG), Bruno Araújo (PE)
Primeiro a falar, Sampaio afirmou que começou a pensar no impeachment em dezembro de 2014, antes mesmo da posse de Dilma no segundo mandato, devido às delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff na Operação Lava Jato.
Ressaltou que pediu a extinção do PT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque teria ficado comprovado o financiamento ilegal do partido. Destacou as suspeitas de repasses ilegais para as campanhas de Dilma e destacou a prisão do marqueteiro João Santana, do tesoureiro do PT, João Vaccari, e as investigações contra o ex-presidente Lula.
“Vamos observar a campanha da presidente Dilma em 2014. Seu publicitário está preso. O tesoureiro do PT está preso. Seu mentor político está quase preso. Seu criador está quase preso”, disse Sampaio.
Ele afirmou que a reeleição não pode servir como “impunidade”. Destacou a condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) às pedaladas de 2014 e disse que a continuidade das práticas em 2015 sustentam o impeachment. Rebateu ainda o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, que criticou a denúncia e o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO).
Votos ao PT ajudaram a eleger deputados pró-impeachment (e vice-versa)
Leia a matéria completa”Imprestável é a defesa de vossa excelência, que perdeu de oito a dois no Supremo. Eu sou da época em que a AGU defendia cotas raciais, lei Maria da Penha, vossa excelência amesquinha a AGU ao defender Dilma das pedaladas e o Lula de que pode assumir ministério para fugir da justiça do Paraná”, afirmou Sampaio.
O deputado Paulo Abi-Ackel atacou a indicação de Lula como ministro de Dilma e afirmou que o ato significou um reconhecimento da própria presidente de que não tem mais condições de governar.
“O Supremo Tribunal Federal (STF) impediu Lula de assumir o ministério e sem autoridade, Dilma, já sem Lula, fez com que a cadeira de presidente da República ficasse vazia”, disse Abi-Ackel.
O deputado Nilson Leitao (PSDB-MT) chegou a falar em cadeia como punição pelos atos de Dilma que teriam tirado a “vida” dos brasileiros.
“Ela mentiu, ela enganou o seu povo. O que ela fez com a sociedade brasileira não tem como mensurar, talvez com anos de cadeia. Quantos morreram acreditando em suas promessas? Porque a morte não é apenas da vida física, mas morte de sonhos, de esperanças, de tudo que espera para o futuro”, afirmou Leitão.
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