O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, considerou intolerável a ameaça que a procuradora Léa Batista, que atua no processo contra Carlinhos Cachoeira, diz ter sofrido. Ele disse que falaria com a colega ainda nesta quarta-feira (20) para oferecer todo o apoio - e, se fosse o caso, a escolta de policiais federais.
Na terça-feira, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) informou que a procuradora teria recebido um e-mail assinado por um dos investigados "em tom nitidamente ressentido".
"Vou entrar em contato com a Léa ainda hoje. Estamos movimentando toda nossa estrutura para que ela tenha o apoio necessário e, se for o caso, pediremos o apoio da Polícia Federal", disse o procurador-geral. "Vamos fazer avaliação com a Polícia Federal para verificar se há necessidade de reforço na segurança, ou se apenas a nossa estrutura será suficiente. É feito nesse momento o que chamamos de avaliação de risco".
Ele ressaltou a necessidade de primeiro comprovar se houve mesmo a ameaça antes de tomar as providências. "É preciso verificar. Muitas vezes, há especulações que não têm a devida consistência. Mas é preciso levar muito a sério isso, pela gravidade das condutas que a procuradora, junto com outro colega de Goiás, apura. O Ministério Público não pode correr o risco de ser surpreendido em razão de alguma ameaça. Primeiro é preciso verificar a concretude (da ameaça). Sendo comprovada, é algo intolerável a tentativa de tolher o Ministério Público", firmou.
O juiz do caso, Paulo Augusto Moreira Lima, deixou o caso porque também teria sido alvo de ameaças. Segundo Gurgel, a substituição do magistrado gera transtorno, porque o novo juiz terá de se inteirar no processo.
"Geralmente, quando há a substituição de magistrado que conduz o processo é inevitável que haja perda de tempo, até que o novo magistrado se inteire do processo. Ocasiona, sim, um transtorno. Acredito que o novo magistrado, mais rapidamente possível, terá o domínio dos autos", declarou o procurador-geral.
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