O vice-presidente Michel Temer definiu que o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira será o novo ministro da Defesa, caso seja confirmado o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Cotado inicialmente para assumir a pasta da Justiça, o nome de Mariz acabou sendo descartado para o posto porque ele deu entrevistas com críticas aos procedimentos da Operação Lava Jato, especialmente em relação ao uso do instrumento da delação premiada. A Polícia Federal (PF), responsável pelas investigações da Lava Jato, é subordinada ao Ministério da Justiça.
Além de ter sido advogado de investigados pela operação, Mariz subscreveu um documento em que advogados de renome apontaram o que consideram ilegalidades ocorridas nas investigações da Lava Jato e em decisões do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos do caso na primeira instância.
Amizade
Temer se empenhou pessoalmente para que Mariz, que é seu amigo de longa data, assumisse a Defesa. O vice-presidente quer o advogado a seu lado, em Brasília.
A escolha de Mariz, de acordo com interlocutores de Temer, é um sinal de prestígio para as Forças Armadas, porque o vice-presidente estaria colocando uma pessoa muito próxima no posto.
Temer já avisou aos atuais comandantes do Exército (Eduardo Villas Bôas); da Marinha (Eduardo Bacellar Leal Ferreira); e da Aeronáutica (Nivaldo Luiz Rossato), que os três permanecerão nos seus postos.
Outro nome que chegou a ser cogitado para a pasta da Defesa era o do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), parlamentar que costuma acompanhar assuntos relacionados às Forças Armadas e tinha respaldo do ex-titular da pasta Nelson Jobim, que tem ajudado Temer na composição da eventual equipe de governo.
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