O projeto de lei do salário mínimo terá de cumprir uma etapa antes da votação no plenário do Senado, programada para a próxima quarta-feira, 23. O regimento interno da Casa determina que os projetos sejam obrigatoriamente remetidos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de chegarem ao plenário. Se não houver um amplo entendimento entre os líderes partidários, o rito pode comprometer os planos do Planalto de aprovar a matéria na próxima semana.
O presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que, se houver acordo de líderes, ele pode encaminhar a matéria diretamente ao plenário, assim que chegar à comissão. Outra possibilidade é de que a proposta seja apreciada na CCJ na manhã de quarta-feira e, no mesmo dia, siga para apreciação do plenário.
O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), adiantou que não se opõe à votação do projeto na próxima semana. Na Câmara, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), costurou um acordo com a oposição para que a matéria seguisse diretamente ao plenário. O entendimento implicou debates com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, com as bancadas, e a votação de dois destaques: um deles propondo um mínimo de R$ 560 e o outro, no valor de R$ 600.Relatoria
Um acordo entre PT e PMDB reserva aos peemedebistas a relatoria da proposta, embora o senador José Pimentel (PT-CE), ex-ministro da Previdência Social, seja um dos cotados para a missão. Se ficar com o PMDB, o projeto deve ser relatado pelo líder do governo, Romero Jucá (RR). Em outra frente, o senador Eunício Oliveira pode avocar para si a relatoria, na qualidade de presidente da CCJ.
- Governo discutirá tabela do IR após Senado votar mínimo
- Correção na tabela do IR só sai após Senado aprovar mínimo, diz ministro
- Bancada do PT no Senado discute mínimo na terça-feira
- Jucá defende definição do mínimo por decreto até 2015
- Itamar: "Não podemos iludir a opinião pública"
- Dilma avalia votação do mínimo como prova de coesão
- Governo contabiliza traição de 15 deputados da base na votação do mínimo
- Salário mínimo de R$ 545 não será retroativo, diz texto
- Liberação de emendas antes de votação sobe 441%
- Câmara aprova texto básico que eleva mínimo a R$ 545