Aliados históricos em campanhas eleitorais pelo Paraná, o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) e o senador Osmar Dias (PDT) desta vez estarão em campos opostos. Disputam com outros cinco candidatos ao governo, mas a campanha deve ficar polarizada entre eles. Além de representarem, no Estado, respectivamente as candidaturas à Presidência de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), conseguiram atrair vários partidos para as coligações.
Candidato nas últimas eleições, quando perdeu para o ex-governador Roberto Requião (PMDB) por pouco mais de 10 mil votos, Dias protagonizou uma novela de suspense nos últimos dias, definindo a candidatura somente 24 horas antes do término do prazo. Sua exigência de ser candidato único de partidos da base do governo federal fez com que reunisse em torno de si PDT, PMDB, PT, PSC, PC do B, PR e PT do B. Mas pode haver dificuldades para a convivência lado a lado de figuras proeminentes quando a candidata a presidente estiver no Estado. Requião, que pretende uma vaga ao Senado, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, estão se processando mutuamente por conta de denúncias do ex-governador.
O PSDB conseguiu reunir em sua aliança partidos que normalmente caminham juntos no Estado - DEM, PPS, PP, PSB, PTB, PMN, PSDC, PHS, PSL, PRP e PTC. Apesar de ter afirmado que cumpriria o mandato todo na prefeitura de Curitiba, Richa alegou convocação da população e está percorrendo o Estado para se tornar mais conhecido fora da capital. A amplitude de sua coligação já começou a sofrer a perda de alguns nomes importantes, como o do presidente do DEM, deputado federal Abelardo Lupion. Ele licenciou-se do cargo na legenda e fala em criar, no Estado, um comitê para apoiar Serra como presidente e Dias como governador.
Além deles, devem registrar os nomes para concorrer ao governo do Estado Paulo Salamuni (PV), Luiz Felipe Bergmann (PSOL), Avanilson Alves Araújo (PSTU), Robinson de Paula (PRTB) e Amadeu Felipe da Luz Ferreira (PCB).
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