Após a crise desencadeada com o aliado DEM, o PSDB decidiu que o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) não será mais o vice na chapa encabeçada pelo tucano José Serra à Presidência. A decisão foi tomada nesta madrugada depois que o senador Osmar Dias (PDT-PR), irmão de Alvaro Dias, informou ao deputado Abelardo Lupino (DEM-PR) que iria se candidatar ao governo do Paraná. Com isso, os tucanos perderam seu principal argumento para a escolha de Dias.
Diante da reviravolta, o DEM decidiu adiar o início da convenção nacional do partido, marcada para 8h desta quarta-feira, em Brasília.
Nesta madrugada, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, e Serra ficaram reunidos em São Paulo até as 5 horas. Pelo acerto, tanto os tucanos poderiam escolher um nome dentro do DEM, como os democratas poderiam apontar alguém do PSDB. Entre os nomes cogitados no DEM, estão o da ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires, o do deputado federal José Carlos Aleluia (BA), que se lançou na terça-feira candidato ao Senado, e o do deputado federal e ex-ministro do Esporte e Turismo do governo Fernando Henrique, Carlos Melles (MG).
Neste momento, o clima é de alívio entre os democratas. "Mais importante que o nome agora é a posição do DEM como agente proeminente em um processo de escolha. Essa escolha está sendo pautada pelo DEM, parceiro do PSDB. Estamos caminhando para uma definição. Discutimos questões regionais e o papel do partido na campanha", afirmou o líder do DEM, senador Agripino Maia.
A crise entre os dois partidos começou quando o PSDB avisou ao PTB que escolhera Dias antes de comunicar ao DEM. O presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson, anunciou o nome no Twitter, irritando os democratas.
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