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O blecaute que deixou 18 Estados às escuras na noite de terça-feira serviu para expor a necessidade de investimentos no setor elétrico. Essa é a avaliação do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que vê incoerência nas justificativas do governo.

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"Talvez possa ter havido uma inibição dos investimentos nas linhas de transmissão", disse Aécio a jornalistas nesta quinta-feira.

"Acho que não é o fato em si, do apagão, que pode ter lá suas justificativas. Parece que há dentro do governo uma ausência de comando. Os dirigentes do PT, de Itaipu, dizem uma coisa. Os dirigentes de Furnas dizem outra coisa. O Operador Nacional do Sistema, por sua vez, também não define de quem é a responsabilidade", afirmou.

Aécio afirmou que, ao contrário do que parte da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem fazendo, o assunto não deve ser usado como capital eleitoral.

"Era preciso que diagnosticasse com clareza as razões desse apagão. Ele não ocorreu como no passado, por ausência de energia, de chuvas, por exemplo. O governo deveria preocupar-se menos com as conseqüências políticas e mais em dar à população brasileira tranqüilidade em relação ao futuro", avaliou.

No entanto, o governador mineiro criticou a ausência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, das discussões no momento crítico do problema --ela só falou sobre o assunto na tarde desta quinta-feira. Dilma é pré-candidata à sucessão presidencial e Aécio disputa o posto com o governador José Serra (PSDB-SP)

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"Me surpreendi um pouco com a ausência da ministra Dilma, sempre porta-voz do governo em todas as ocasiões, nesse fato específico. É natural que quem se expõe sempre em relação às boas coisas, também pudesse agora estar conversando com a população brasileira", ressaltou.