A participação política tem agora mais um canal de expressão. O Laboratório Hacker lançou na quinta-feira passada (3), em Brasília, um aplicativo que permite o envio de vídeos e comentários de qualquer celular Android para os debates que acontecem no portal e-Democracia, iniciativa da Câmara dos Deputados para incentivar a interação entre parlamentares e eleitores. O aplicativo está disponível em http://bit.ly/1epXxdA . A Gazeta do Povo conversou com o coordenador do LabHacker, Cristiano Ferri.
Qual a expectativa em relação ao lançamento e utilização do aplicativo?
Trata-se de uma versão Beta, então não dá para falar em lançamento, mas em apresentar à população um produto que precisa de contribuições para melhorar, que está sendo construído junto com a sociedade. A novidade é que estamos priorizando a participação por celular e valorizando o vídeo, por ser uma forma de mensagem mais fácil para qualquer pessoa. Todos podem fazer um vídeo-selfie, clicar em ok e incluí-lo na discussão em que se está interessado.
Os vídeos enviados são incorporados aos debates feitos no portal e-democracia (http://edemocracia.camara.gov.br)?
Exato. Esse é um dois portais sob a gestão do Laboratório Hacker, que debate questões como a violência contra jovens negros e a redução da maioridade penal, entre outras. Como parlamentares e cidadãos em geral usam cada vez mais celular, demos destaque ao uso do celular para gravar e enviar os vídeos.
Dá para dizer que o LabHacker é uma resposta da Câmara aos protestos de 2013?
Depois dos protestos, sem dúvida os deputados passaram a ser mais receptivos a projetos como esse, que é pioneiro no mundo.
Portais e aplicativos realmente aproximam a população da Câmara?
Sem dúvida. Alcançar Brasília é caro. Fica difícil para o cidadão acessar seu parlamentar. A tecnologia possibilita participar de debates em cima de temas relevantes para discuti-los com os deputados.
Essas tecnologias favorecem a participação política?
Os cidadãos têm contribuído muito em várias discussões, especialmente no debate do Estatuto da Pessoa com Deficiência, do novo Código de Processo Civil e da regulamentação das lan-houses, em que contribuições surgidas do debate foram usadas pelos parlamentares no texto final dos projetos de lei.
Em junho, o LabHacker promoveu uma “desconferência” sobre educação. Como foi?
Houve uma mesa (física) sobre o que fazer nas escolas para estimular a formação plena do cidadão do século 21, como funciona o Estado e as formas de controle social. Os resultados estão disponíveis no portal e-democracia. É mais uma forma de participação da cidadania na política.
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