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A virada do PSDB em benefício do PT no Senado acabou facilitando a vida do presidente nacional do PMDB e candidato à presidência da Câmara, Michel Temer (SP). O impacto positivo apareceu logo cedo, quando Temer recebeu a visita do deputado Fernando Melo (PT-AC). Na contabilidade da campanha do PMDB, os três petistas do Acre eram computados como voto perdido. Hoje, no entanto, Melo fez questão de comunicar pessoalmente sua adesão a Temer.

Ainda pela manhã, o candidato do PT a presidente do Senado, Tião Viana (AC), que ontem telefonara eufórico a Temer para falar da conquista dos tucanos, ligava novamente para dar outra boa notícia: acabara de conseguir mais dois votos dos acreanos para o PMDB da Câmara. "O cenário mudou muito nas últimas 24 horas", comemorou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que passou o dia no apartamento funcional de Temer, onde está instalado o comando central da campanha.

Além dos peemedebistas, a cúpula do PT na Câmara também trabalha duro para consolidar a vantagem do candidato peemedebista e garantir a vitória em primeiro turno. À frente da operação, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e o futuro líder petista na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), também montaram um bunker no apartamento de Temer. Foi João Paulo quem passou ao candidato uma ligação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que estava na lista dos duvidosos mas, hoje, garantiu seu voto ao peemedebista.

Em meio às dezenas de telefonemas e visitas de parlamentares, o próprio Temer admirou-se do efeito positivo da virada do PSDB sobre sua campanha. O candidato avaliou que, ao reforçarem a campanha de Tião Viana no Senado, tornando o petista mais competitivo, os tucanos enfraqueceram o discurso dos que se queixavam do excesso de poder do PMDB, comandando as duas Casas do Legislativo.

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