Após enviar carta de renúncia à Câmara Legislativa do Distrito Federal, o governador interino do DF, Paulo Octávio, se isolou em seu gabinete, no Anexo I do Palácio do Buriti, onde fica a sede do governo. Os jornalistas foram proibidos de entrar no prédio e, segundo a assessoria, Octávio não deve fazer pronunciamentos.

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"Ele está muito chateado e por enquanto não quer falar. Vamos ver se as coisas acalmam e como fica depois da leitura da carta de renúncia", disse a assessoria do governador interino.

Paulo Octávio enviou na tarde desta terça-feira (23) carta de renúncia à Câmara. O governador interino teria tomado a decisão por não conseguir apoio político dos deputados distritais. A carta foi lida na Câmara por volta das 17h30.

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Mais cedo nesta terça, Octávio pediu sua desfiliação do Democratas, o que o impede de concorrer a cargo eletivo em 2010, já que o prazo para filiação se encerrou em 1º de outubro do ano passado.

Com a renúncia de Paulo Octávio, quem deve assumir interinamente o governo do DF é o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wilson Lima (PR), primeiro na linha sucessória depois do vice-governador. Lima é aliado de primeira hora do governador afastado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), que está preso e afastado do governo. Nesta terça, Arruda disse ao secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, que não pretende renunciar ao cargo.

O presidente da Câmara já foi vendedor de picolés, frentista, mecânico, lanterneiro, pintor, balconista e cobrador de ônibus. Também foi sócio de uma rede de supermercados. Está no terceiro mandato.

Intervenção

Tramita no Supremo Tribunal Federal um pedido de intervenção no Distrito Federal, protocolado pela Procuradoria-Geral da República. Se o STF decidir pela intervenção, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar alguém para governar do DF até janeiro de 2011, quando tomará posse o governador for eleito no pleito de outubro de 2010.

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