Após meses de contingenciamento, a Aeronáutica aumentou em novembro o repasse ao Programa de Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo. Em outubro, pouco antes do primeiro apagão aéreo, dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi) mostravam que a Força Aérea havia empenhado R$ 319,8 milhões - equivalente a 60% dos R$ 531,6 milhões autorizados para o ano todo.
Desde então, foram liberados R$ 145,8 milhões, elevando o total de empenhos (reserva de verba para uma despesa) para R$ 465,7 milhões. Os pagamentos - soma das despesas contraídas durante o exercício e dos restos a pagar - também cresceram. Até domingo, atingiram R$ 334,6 milhões.
Todos os recursos usados para manutenção e modernização do sistema vêm do Fundo Aeronáutico, caixa composto por tarifas pagas por empresas aéreas e passageiros. Dados do Siafi revelam que ele só tem inchado - em outubro, estava acumulado em R$ 1,9 bilhão -, para o governo garantir superávit.
Enquanto isso, membros do governo admitem que há equipamentos de controle aéreo desgastados. No dia 5, a central de áudio do Cindacta-1 entrou em pane, provocando o cancelamento de 200 vôos.
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