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O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ), indicado nesta segunda-feira (30) pela presidente Dilma Rousseff como novo ministro do Trabalho, disse que está conversando com senadores e deputados da bancada para tentar garantir a unidade partidária em torno de seu nome. Depois do anúncio oficial do Planalto, deputados do PDT deixaram claro que consideram "uma escolha pessoal da presidente" e que não se sentem representados no ministério com Brizola Neto.

Segundo o novo ministro, na conversa desta terça-feira, a presidente Dilma deixou claro a importância de sinalização da unidade do PDT. "A presidente disse que era importante que o partido desse essa sinalização de unidade. Vamos assumir, será uma vitória do conjunto do partido. Vamos mostrar que o que nos une é a identidade programática com o governo Dilma. O partido tem que ser maior que divergências pontuais", disse Brizola Neto.

Para o novo ministro, as críticas são consequência das arestas do processo de escolha, que se arrastou por quase cinco meses, quando muitos deputados manifestaram preferência por outros nomes. Segundo Brizola Neto, existe uma questão maior em jogo, que une o PDT: a identidade programática que vem desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e continua no governo Dilma. "É uma questão menor (as possíveis críticas). Existe uma questão maior que o une o partido: é a identidade programática que vem desde o governo Lula e continua no governo Dilma. Isso vai superar possíveis divergências", disse Brizola Neto.

Ele afirmou que nesta segunda-feira já conseguiu conversar por telefone com alguns deputados e senadores, inclusive o líder da bancada, André Figueiredo (SP). Ele reage à principal crítica feita por Figueiredo e outros pedetistas, de que o partido não foi convidado para conversar com Dilma sobre a indicação de um nome para a vaga do ex-ministro Carlos Lupi, hoje presidente nacional do PDT.

"Houve cuidado sim. A presidente conversou com o presidente Lupi, houve o rito de chamar para conversar. Talvez tenha demorado um pouco, às vezes queremos as coisas no nosso tempo, mas nem sempre o nosso tempo é o tempo da presidente. Procurei conversar com quase todo mundo da bancada para que a questão não tome corpo (a reação escolha de seu nome) e o clima é de cooperação", afirmou.

Brizola Neto enfatiza que assume a vaga com o apoio das centrais sindicais, inclusive da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e não só a Força Sindical. O novo ministro admite que o apoio do deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP) foi muito importante. Para o novo ministro, não haverá sequer uma atitude de maior independência do PDT em relação ao governo Dilma, muito menos decisão da bancada na Câmara de votar contra projetos de interesse do governo. "Não acredito (que os deputados votarão contra o governo). O partido tem clareza de seu posicionamento. O PDT não tem razão nem mesmo para partir para uma postura de independência", finalizou.

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