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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, autorizou, na manhã desta quarta-feira, que Ricardo Pessoa (da UTC) e mais oito executivos presos deixem os locais onde estão detidos em Curitiba e sejam levados ao prédio da Justiça Federal do Paraná, para que sejam liberados a ir para as suas residências. A decisão segue a do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na última terça-feira, decidiu libertar de uma só vez os nove executivos e funcionários de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Lava Jato.

Todos vão colocar tornozeleiras, determinou Moro, e irão cumprir prisão domiciliar. Ainda não se definiu de que maneira voltarão para casa; uns planejam ir de carro de Curitiba até São Paulo, outros de avião.

Na manhã desta quarta-feira, Moro está interrogando o doleiro Alberto Youssef. O depoimento do doleiro começou às 9h e somente depois os empreiteiros devem começar a deixar suas celas.

Pessoa sairá da carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Já outro preso importante para as investigações, o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, deixará o Complexo Médico-Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba. Uma escolta da Polícia Federal chegou, por volta das 10h30min ao CMP. Os que estão presos na carceragem da PF estão desde terça-feira à noite com seus pertences pessoais prontos.

Os nove executivos que sairão da cadeia estavam cumprindo prisão preventiva, que pode ocorrer antes da condenação para impedir que o suspeito fuja ou atrapalhe as investigações, destruindo provas ou influenciando outras pessoas.

Além de Pessoa, da UTC, e Leo Pinheiro, estão entre os soltos o diretor da Mendes Júnior Sérgio Cunha Mendes, o presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, e executivos da Engevix e da Galvão Engenharia.

Todos são acusados pelo Ministério Público Federal de pagar propina a diretores da Petrobras e políticos para obter contratos da estatal. Ao todo, 25 pessoas, entre empresários, doleiros, operadores e políticos tiveram prisão preventiva determinada pela Justiça no Paraná.

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