Depois de encontro com a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que pretende conversar com os ex-presidentes da República Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor e José Sarney para discutir a reforma política. Renan disse que é preciso envolver toda a sociedade na discussão, citando ainda a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Para o presidente do Senado, as demais tentativas de se votar a reforma política “fracassaram” por não envolver todos os Poderes.
“A conversa foi estritamente sobre reforma política. Ela ficou entusiasmada com a possibilidade de somar esforços nesse propósito de fazer a mudança, a transformação da política brasileira. Vamos dar continuidade a esse processo de mobilização, procurar ex-presidentes da República:, Fernando Henrique, Lula, Fernando Collor, Sarney. E vamos procurar a CNBB, a OAB, e conversar um pouco com a sociedade sobre a necessidade de fazermos essa reforma, o quanto antes, melhor”, disse Renan.
O presidente do Senado disse ser importante ouvir os ex-presidentes pela “experiência deles e porque todos têm como contribuir”. Renan se reuniu pela manhã com a presidente Dilma. “A causa do fracasso das tentativas de mudanças da política é porque nunca se envolveu, num esforço só, todos os poderes da República. Essa é uma oportunidade de fazê-lo”, disse o senador.
MP DO MÍNIMO
Renan disse ainda que a medida provisória que estende o reajuste do salário mínimo a todos os aposentados do INSS será debatida no Senado com “bom senso e equilíbrio” para não se cometer equívocos. O presidente disse que aguardará a chegada da MP ao Senado, que foi aprovada na noite desta quarta-feira na Câmara, para tratar do assunto com os líderes dos partidos. Para Renan, a aprovação da MP á uma oportunidade de se discutir as contas da Previdência.
“Essa decisão da Câmara cria, sem dúvida, uma oportunidade para que possamos aprofundar o debate da Previdência, a sustentabilidade, a questão atuarial. Para que a gente possa dar um definitivo encaminhamento para essa questão que é crucial à sociedade brasileira. E com bom senso, com equilíbrio, com a questão fiscal colocada acima de qualquer outra. É fundamental aprofundar o debate para que possamos não cometer equívocos”, disse Renan.
Renan lembrou que está propondo a criação da Autoridade Fiscal Independente, justamente para fiscalizar as contas públicas.
Perguntado se concordava com a avaliação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a aprovação das alterações na MP foi um um “erro”, Renan disse que é preciso debater a MP. “É fundamental aprofundar o debate para que possamos não cometer equívocos”, disse.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares