Após reuniões ao longo da manhã deste sábado (28), o PSDB chegou à convenção nacional do partido com discurso unificado em torno dos principais cargos do partido.
Horas antes do encontro, o PSDB ainda resolvia divergências internas em reunião entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador de São Paulo José Serra.
O principal imbróglio a ser resolvido na convenção era a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), pleito de Serra, mas que tinha como principal indicado o ex-senador Tasso Jereissati (CE), nome apoiado por Aécio Neves.
Para resolver o impasse, as lideranças tucanas convenceram Serra, durante negociações entre sexta-feira (27) e sábado, a assumir o Conselho Político. O conselho também terá como membros o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; e Aécio Neves. Tasso foi eleito para a presidência do Instituto Teotônio Vilela.
O deputado federal Sérgio Guerra (PE) foi reconduzido ao cargo de presidente do partido. O primeiro vice-presidente da legenda será o ex-governador Alberto Goldman (SP) e o vice-presidente-executivo, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Como secretário-geral do partido foi mantido o deputado federal Rodrigo de Castro.
Ataques
Durante os discursos, os tucanos atacaram a gestão da presidente Dilma Rousseff. "Cada vez mais a ocupante da presidência governa cada vez menos e aquele que não foi eleito, governa cada vez mais", disse Serra, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serra acusou o governo da petista de "omisso" e incompetente" e disse que o PT, com episódios como o da Prefeitura de Campinas, sai das páginas políticas para entrar nas páginas policias". Serra, que disputou a Presidência da República no ano passado, disse que as divergências dentro do partido são naturais, mas que a desunião fortalece o PT. O presidente reeleito do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de "fraude" as notícias de que o partido estaria desunido.
O senador Aécio Neves disse que o PSDB é um "partido sem dono" porque pertence a "todos os brasileiros".
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