Eike disse ainda que suas empresas foram “saneadas” e que, se levantar recursos, até compraria de volta algumas delas.| Foto: /

Após um baque gigantesco em suas empresas e em seu patrimônio, que chegou a US$ 34 bilhões, o empresário Eike Batista afirmou nesta terça-feira (17) à CPI dos Fundos de Pensão na Câmara que, quando finalizar as negociações com seus credores, estima que sobrará um patrimônio de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões.

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“Eu pretendo terminar as últimas negociações com os últimos credores que tenho na holding (...) nas próximas duas semanas e daí vai sobrar algo, talvez uns R$ 400 milhões, R$ 500 milhões”, afirmou, ao ser questionado pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) sobre qual o tamanho de seu patrimônio atual.

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Eike disse ainda que suas empresas foram “saneadas” e que, se levantar recursos, até compraria de volta algumas delas. “Eu gostaria de comprar o [porto de] Açu de volta, minha geração de energia [a MPX era sua empresa da área de energia]. São projetos que estão aí pros próximos cem anos”, afirmou.

O empresário atribuiu a sua derrocada a um rombo na sua empresa da área de petróleo, a OGX, que superestimou a quantidade de óleo que conseguiria explorar. Disse que as outras empresas afundaram por causa desse problema. “Elas [as outras empresas] quebraram devido à corrida bancária né, ninguém aguenta. O que eu fiz? Trouxe novos grupos que investiram, só investiram também porque os projetos são extraordinários”, afirmou.

Às perguntas sobre os investimentos dos fundos de pensão em suas empresas, Eike disse que eles investiram nas ações abertas em bolsa e que não têm como acompanhar todos seus investidores.

“Como é que eu vou saber o que ele [o fundo de pensão] está comprando? Eu não conheço nenhum presidente, diretor de fundo de pensão. Não sei nem onde são as sedes e nunca ninguém veio me procurar”, declarou.

O presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), justificou a convocação de Eike dizendo que os fundos de pensão fizeram investimentos de mais de R$ 130 milhões de reais no grupo do empresário. “A culpa é dos diretores dos fundos de pensão de terem acreditado no sucesso da empresa dele”, afirmou.

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