A prática da prefeitura em ceder funcionários aos gabinetes de vereadores sem ônus não é uma novidade da gestão Gustavo Fruet. Alguns dos vereadores disseram que essa prática já existia "desde sempre" nas relações entre Câmara e prefeitura. Ironicamente, boa parte deles argumenta que a redução no número máximo de funcionários de 11 para sete, que ocorreu no início desse ano, foi o principal motivo para pedir esses servidores "emprestados" da prefeitura.
A lei sobre cessão de funcionários foi sancionada em 2006, quando Beto Richa era prefeito. O vereador Beto Moraes (PSDB), por exemplo, diz que os dois funcionários que estão em seu gabinete já trabalhavam em gabinetes na Câmara desde a época do ex-prefeito Cássio Taniguchi. História parecida conta Serginho do Posto (PSDB), que disse acreditar que essa prática já existia na época do ex-prefeito Rafael Greca. Vereador desde 1997, Sabino Pícolo (DEM) resume: "sempre teve".
Entretanto, a redução no número de comissionados é usada como justificativa por boa parte dos vereadores. "Na época do [ex-presidente João Cláudio] Derosso, a gente tinha direito a um comissionado para acompanhar as comissões das quais fazíamos parte", lembra Zé Maria (PPS). De acordo com ele, seu funcionário foi cedido pela prefeitura para acompanhar projetos na área de educação, já que, no ano passado, era presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo.
Novato, o vereador Toninho da Farmácia (PP) também considera a estrutura de gabinete muito limitada. "Tenho uma demanda de trabalho muito grande em meu gabinete. Atendo a região sul quase inteira", afirma. O mesmo afirma Moraes: "nessa diminuição [no número de cargos], todo mundo foi prejudicado. Sete [cargos] parece um número razoável, mas não é suficiente para minha demanda de trabalho".
Hoje, os vereadores possuem direito a ter em seu gabinete sete funcionários, que podem receber, ao todo, até R$ 44 mil mensais. Até 2012, a verba era a mesma, mas o número de comissionados permitidos era de 11.
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