A empresa de alimentos JBS fechou esta terça-feira (6) entre as maiores quedas da Bolsa brasileira, após reportagem do jornal "Estado de S.Paulo" ter ligado a controladora da empresa à Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras. As ações da companhia perderam 2,16%, para R$ 10,41 cada uma. Foi a sétima pior performance entre os 68 papéis do principal índice do mercado de ações nacional, o Ibovespa, que por sua vez subiu 1,02%, para 48.000 pontos.
Durante o dia, a JBS chegou a cair até 5,45%, mas amenizou a perda pela tarde. Em nota lançada nesta terça, o grupo J&F, que controla a JBS, "que não há, nem nunca houve, nenhum contrato assinado ou qualquer relação entre o grupo e o senhor Paulo Roberto Costa". Costa é ex-diretor da Petrobras e um dos réus da Operação Lava Jato. A empresa acrescenta: "A J&F Investimentos --um dos maiores grupos privados do Brasil, presente em mais de 50 países-- preza pela transparência e segue rigorosas regras de governança no Brasil e no exterior".
Em dezembro, matéria do "Valor Econômico" já havia denunciado que o grupo JBS depositou, em 2012, R$ 800 mil em duas contas bancárias ligadas a uma microempresa, a Gilson Mar Ferreira ME, que tem como sede uma casa abandonada na periferia de São José dos Pinhais (PR). Essa empresa, segundo a Polícia Federal, recebeu pelo menos três depósitos por ordem do doleiro de Brasília Carlos Chater, que ao mesmo tempo mantinha negócios com Alberto Youssef, preso desde março pela PF. Na ocasião, o grupo JBS negou, em comunicado ao mercado, ter ligação com empresas do esquema de doleiros investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
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