A Receita Federal concentrou as investigações sobre uma possível violação do sigilo tributário do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas, em cima de um analista fiscal. E o acesso suspeito foi feito na superintendência do Fisco em São Paulo. Os indícios fortes de que o acesso foi feito por um analista reforçam a suspeita de que a coleta de dados da declaração de Imposto de Renda de Eduardo Jorge tenha mesmo sido uma violação de sigilo. Os analistas não têm direito a coletar o tipo de informação do IR do dirigente tucano que teria sido objeto de vazamento.
Na quarta-feira, em depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, limitou-se a dizer que o IR de Eduardo Jorge fora acessado "5 ou 6 vezes". O secretário recusou-se a dar os nomes de quem levantou as informações e, indagado por um senador se os acessos haviam sido feitos em Brasília ou São Paulo, ele disse apenas que não fora na capital.
Apesar de Cartaxo falar em "5 ou 6" acessos, a Receita havia se concentrado em um único funcionário que tinha se destacado como suspeito de acessar "com motivação duvidosa" a declaração de Eduardo Jorge. Os demais acessos feitos por outros auditores, entre 2005 e 2009, foram preliminarmente considerados "motivados", isto é, com "razões explícitas de trabalho". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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