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O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, acusou nesta quarta-feira (13) o PT de usar a máquina pública para espionar adversários. Para o tucano, o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Pereira, foi só mais um caso dentro do histórico do PT.

"Uma coisa ficou caracterizada, foi usado o aparato governamental para a espionagem", criticou, citando como exemplos a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e o suposto dossiê sobre a ex-primeira-dama Ruth Cardoso. "Um partido pega informações sigilosas e usa na política, para ferir adversários", afirmou.

Serra fez as críticas ao participar do evento de entrega das propostas da União Geral dos Trabalhadores (UGT) para os presidenciáveis, na cidade de São Paulo. O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, admitiu hoje em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do Senado Federal, saber quais funcionários do órgão tiveram acesso a dados de Eduardo Jorge. Cartaxo negou-se a divulgar os nomes.

Serra considerou "insuficiente" a admissão por parte do secretário da Receita. "Tem de dar o nome", defendeu o tucano, que pediu que a questão seja "esclarecida a fundo". O presidenciável também criticou durante o evento a sua adversária na corrida ao Planalto, a petista Dilma Rousseff, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ter citado nominalmente em um evento governamental a ex-ministra da Casa Civil.

"Usar a máquina governamental em uma campanha do jeito que está sendo usada mostra, basicamente, que a candidata não consegue andar sobre suas próprias pernas", afirmou Serra. "A candidatura é produto de marqueteiros", acrescentou o tucano. Serra sugeriu que Dilma siga o seu exemplo, que faça corpo a corpo e participe de debates.

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