![Argolo recebeu R$ 900 mil da UTC entre 2010 e 2012, diz delator | Albari Rosa/gazeta do povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/09/05448b8fd21e710aad08b47da5868bb5-gpLarge.jpg)
O ex-deputado Luiz Argôlo (SD) recebeu R$ 900 mil da UTC, de acordo com o presidente da empresa e delator da Lava Jato, Ricardo Pessoa. Segundo um dos depoimentos em regime de colaboração premiada prestados por Pessoa, a UTC realizou dois pagamentos de R$ 150 mil como doação oficial para a campanha de 2010 do parlamentar.
Ricardo Pessoa afirmou ainda que pagou outros R$ 600 mil entre 2011 e 2012 em espécie para o ex-deputado. O dinheiro era usado pelo parlamentar em suas “caravanas sociais”, segundo o depoimento do empresário. O delator afirmou que a intenção de Argolo era eleger o maior número possível de prefeitos para construir uma base forte de eleitores para as eleições de 2014.
A entrega dos valores teria sido feita através do doleiro Alberto Youssef, que foi o responsável por apresentar Pessoa a Argolo. O ex-parlamentar também teria comparecido á sede da UTC “de quatro a cinco vezes” para pegar parte do dinheiro.
Pessoa afirmou que os valores pagos a Argolo “não tinham vinculação com a Petrobras e saiam do caixa de declarante [Ricardo Pessoa], como se fosse um investimento futuro, pensando na ascensão futura dele”. O executivo disse acreditar que Argolo poderia se eleger governador ou senador futuramente.
Ricardo Pessoa é réu em dois processos da Lava Jato e firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). Ele é apontado pelos investigadores da Lava Jato como chefe do cartel de empresas formado para driblar licitações na Petrobras. Por envolver o nome de políticos com prerrogativa de foro, parte dos depoimentos de Pessoa não é divulgada.
Argolo responde a um processo na Justiça Federal de Curitiba. Ele foi um dos primeiros políticos envolvidos na Lava Jato a serem denunciados pelo MPF. Por não ser mais parlamentar, Argolo perdeu a prerrogativa de foro e o caso corre em primeira instância, no Paraná, sob os cuidados do juiz federal Sérgio Moro.
-
Decisão do STF de descriminalizar maconha gera confusão sobre abordagem policial
-
Black Lives Matter critica democratas por “unção” de Kamala Harris sem primárias
-
Preso do 8/1 com bipolaridade sofre surto após ameaças; laudo indica prisão domiciliar
-
Oposição denuncia “obstáculos” do CNE para credenciamento de observadores eleitorais
Deixe sua opinião