O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) foi atendido na manhã desta segunda-feira (8) em um hospital de Brasília após reclamar de dor na perna causada por inchaço em um tornozelo. A informação foi confirmada pelo advogado do governador, Nélio Machado, e pela Polícia Federal.
"Ele teve um problema na perna. Ele passou mal e foi atendido em um hospital de Brasília, isso é verdade", afirmou Machado. O advogado disse que não tinha mais detalhes do problema de saúde do governador porque estava no Rio de Janeiro, a caminho de São Paulo.
Machado disse que vai entrar nesta segunda-feira (8) com uma petição no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que o governador afastado seja atendido por seu médico particular.
"O governador tem vários problemas de saúde. Temos insistido para que o médico particular, de confiança dele, possa atendê-lo, mas a Polícia Federal coloca dificuldades. Ele já vinha com problema de pressão há um tempo. O governador já não é uma pessoa absolutamente saudável e está submetido a uma situação de grande estresse", disse.
Ele negou, no entanto, que esteja planejando pedir à Justiça que Arruda cumpra a prisão preventiva em casa ou em um hospital. "Não estou pensando nisso no momento. O que queremos é que ele possa, ao menos, ser assistido por seu médico", afirmou.
Segundo a PF, Arruda foi submetido a uma tomografia pela manhã, mas o exame não teria detectado nenhum problema no tornozelo do governador.Arruda voltou à sala onde está preso na Polícia Federal logo após os exames.
Prisão
O governador está preso desde o dia 11 de fevereiro sob a acusação de tentar subornar uma testemunha do caso do mensalão do DEM de Brasília. O escândalo começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador afastado é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
Nesta quinta-feira (4), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de habeas corpus do governador, por nove votos a 1. Segundo o advogado Nélio Machado, Arruda teria ficado "abatido" com a decisão. "Ele tinha a expectativa de ser solto e ficou naturalmente abatido com o que aconteceu."
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