Cerca de 40 pessoas participaram na manhã desta quarta-feira (17) de uma manifestação que pede a redução salarial dos vereadores de Curitiba. O grupo esteve reunido pela manhã em frente à Câmara Municipal, no Centro da capital. Eles distribuíram panfletos e coletaram assinaturas, necessárias para levar ao Legislativo um projeto de lei sugerindo a diminuição dos salários dos parlamentares do município.
Por volta das 10h30, o grupo entrou na plenário da Câmara como parte da manifestação . O ato interrompeu por cerca de 15 minutos a sessão, que já havia sido paralisada por alguns minutos por causa de um protesto da Associação dos Detentores Particulares de Patrimônio Cultural em Curitiba (ADPCC). A Câmara vota hoje, em primeiro turno, um projeto de lei que estabelece normas de preservação dos imóveis e bens imateriais da cidade.
Câmara de Curitiba começa a discutir aumento de salário para vereadores
Leia a matéria completaAtualmente, cada vereador de Curitiba ganha R$15.176,50 (sem contar despesas com funcionários de gabinetes e viagens). A ideia do grupo Primavera Cidadã, que organiza o movimento, é de que eles passem a receber R$ 3.258,16 – o mínimo proposto pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese), em agosto do ano passado.
Para que o projeto de lei consiga ser protocolado, o grupo tem que colocar, no mínimo, 62 mil assinaturas. Até o momento, eles têm cerca de 11 mil.
André Barreto, estudante de Filosofia e um dos integrantes do Primavera Cidadã, espera que a adesão de que precisam seja concretizada até o mês de agosto, prazo que, segundo ele, ainda poderia impactar nos salários do atual mandato.
“Nos últimos três anos, houve uma onda de movimentos populares muito grande no Brasil todo. Por isso a gente acha que agora é a hora de trazermos isso para Curitiba”, ressaltou Barreto. Segundo ele, o grupo foi impulsionado, sobretudo, pelos protestos de 2015 em Jacarezinho e Santo Antonio da Platina (Norte do Paraná) que levaram à redução do salário dos vereadores.
“São bons exemplos que deveriam ser seguidos em todo o Paraná. E quando a gente traz esta ideia aqui pra Curitiba, as pessoas aceitam não pensam duas vezes antes de aderir à proposta”, completa o estudante.
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