O ministro chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, informou que em 60 dias conclui a auditoria iniciada ontem para investigar denúncias de corrupção no Ministério do Turismo e estimou que num prazo de seis a oito meses, os responsáveis por desvio de dinheiro público estarão demitidos. Mas, segundo ele, demissão é pouco e não elimina a sensação de impunidade. "Hoje no Brasil a pena máxima para agente público corrupto é a demissão, porque a cadeia para ele não existe, ele não vai", lamentou.
Ele deu a declaração após receber, em seu gabinete, uma comissão interpartidária de parlamentares que apoiam a "faxina" que o governo federal realiza em vários ministérios atingidos por denúncias de corrupção. A frente inclui deputados e senadores de partidos da base, como PT, PDT e PSB e independentes, como o PSol. Hage agradeceu o apoio e aproveitou para pedir um reforço no orçamento da CGU para ampliar o quadro de auditores, que não realiza concursos há três anos.
No momento, segundo Hage, a CGU realiza dez comissões sindicâncias e processos administrativos em relação aos seis órgãos que foram alvo de denúncias da imprensa nos últimos dois meses.
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