Jeferson (à esq.) e Dilma, durante um encontro em 2013| Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/Arquivo

Em depoimento na CPI que investiga crimes na internet, o publicitário Jeferson Monteiro, autor da paródia presidencial “Dilma Bolada”, disse que o rompimento da personagem com o governo se deu por conta de frustração causada pelas movimentações promovidas na reforma ministerial.

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“Acho que hoje estou mais à esquerda do que a própria Dilma. Tenho minhas convicções e talvez por isso precisou ter uma cisão muito clara”, disse o publicitário, citando sua insatisfação pessoal com as substituições dos ex-ministros Renato Janine (Educação) e Arthur Chioro (Saúde).

País não está preso a ajuste, diz Dilma

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“Não vou questionar a presidente, ela foi eleita por um monte de gente e coloca quem ela quiser como ministro. Agora, daí a eu concordar e continuar apoiando, não faria muito sentido, porque seria algo contraditório”, afirmou.

A mensagem revelando o rompimento foi publicada na pagina pessoal de Monteiro no Facebook, final de setembro. “Dilma não precisa do meu apoio no governo dela. Nem o meu e nem o de ninguém que votou nela. Afinal, para ela só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o governo pelo cargo”, disse na ocasião.

Na semana passada, entretanto, o publicitário disse que a página estaria “de volta às origens”. As postagens mais recentes do perfil continham links e textos sobre abuso sexual, aborto e terras indígenas.

Monteiro disse que atualmente realiza trabalhos de monitoramento, prospecção e estratégia para clientes na internet e tem salário atualmente de R$ 20 mil mensais. Seu contrato atende a agência Pepper, que atualmente também atende o Partido dos Trabalhadores (PT). Ele negou, entretanto, que faça trabalho para algum partido.

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