No dia 24 de junho deste ano, no Recife, a aeronave Airbus A320 da TAM, a mesma envolvida no acidente de terça-feira (17), teve a decolagem abortada. Às 23h25, o avião tomou velocidade e parecia pronto para subir, mas a operação foi cancelada e a aeronave voltou para a manutenção, conta Erasmo Gomes, passageiro do vôo que seguiria para Natal.
"O comandante comunicou que houve uma falha no sistema hidráulico, se não me engano numa válvula, mas que essa falha não acarretaria nenhum risco à segurança de vôo", relatou Gomes, lembrando que, mesmo assim, a partida foi adiada.
Nesta sexta-feira (20), a TAM confirmou a ocorrência. A empresa disse que o avião tem três sistemas hidráulicos e a luz de um deles acendeu no painel. A companhia afirmou que o piloto poderia até seguir viagem, mas preferiu sanar o problema.
Novo problema
No dia 14 de julho, em Congonhas, foi encontrado um novo problema na aeronave Airbus A320, prefixo MBK. Uma equipe de mecânicos encontrou um pequeno vazamento de óleo no sistema hidráulico do reverso direito. Os mecânicos travaram o equipamento seguindo instruções do manual elaborado pela Airbus, dando prazo de dez dias para que o problema nos reversos fossem sanados.
Isso significa que o avião poderia voar sem o equipamento desde que os reversos estivessem desligados e travados e que não aparecesse o aviso "reversor ativo" na tela de comando do piloto. Depois de travado o reverso da turbina direita, o Airbus A320 passou por vários aeroportos do país, até chegar ao Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, no dia 16.
O piloto, no documento oficial, sinalizou que as letras NIL, o que significa "nada consta" - isto é, o avião não apresentava problemas. Mais tarde, um outro piloto relatou a mesma coisa. Em nota, a companhia afirma que não houve nenhum registro de problema mecânico neste avião.
Dificuldade de freio
Mas o avião da TAM, no mesmo dia, teve muita dificulade para frear em Congonhas. Às 13h48, o avião se aproximou da pista principal - tocou o solo e quase não conseguiu parar. O Airbus só conseguiu frear bem no fim da pista, além do considerado normal. De acordo com o que está oficialmente registrado no livro de ocorrência da torre de controle, o piloto disse: "Tomamos um susto, a pista está muito escorregadia".
De São Paulo, a aeronave fez outras viagens até na terça-feira, dia 17, às 16h45, quando pousou em Porto Alegre. A tripulação, mais uma vez, disse que não havia problemas com o Airbus - quem assinou a ficha foi Kleyber Lima - ele era um dos comandantes do vôo ao lado de Henrique Stefanini di Sacco.
No mesmo dia, os dois viajaram para Sâo Paulo. E, ao chegarem em Congonhas, às 18h45, não conseguiram parar o avião. A TAM não quis gravar entrevsita nesta sexta-feira, mas reafirmou que a ausência do reverso não contribuiu para o acidente.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião