O senador Eduardo Azeredo do PSDB de Minas Gerais não quis dar entrevista, mas divulgou uma nota afirmando, mais uma vez, que estão distorcendo fatos diante de empréstimos e saques divulgados pela CPI e pelo empresário Marcos Valério sobre a campanha eleitoral de 98, na qual ele foi candidato derrotado ao governo de Minas.

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De acordo com a nota, o senador Eduardo Azeredo ressalta que é essencial diferenciar os fatos que estão sendo analisados pelas comissões no Congresso e que os problemas eventualmente ocorridos em 98 referem-se à campanha eleitoral e não guardam qualquer semelhança com as denúncias de mensalão ou de corrupção na máquina pública que atingem a gestão do PT no Governo Federal, afirmou o senador tucano.

Azeredo afirma ainda que os valores envolvidos nos dois casos, pela diferença proporcional, são provas de que as questões são absolutamente diferentes. O valor repassado aos apoiadores da campanha dele em 98, um milhão e 800 mil reais, semelhante ao que acontece em todas as disputas eleitorais realizadas no país, de acordo com o senador, são infinitamente menores que os propalados 55 milhões de reais repassados ao PT no caso do mensalão e também para o financiamento de suas campanhas.

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No que diz respeito à sua tentativa de reeleição, Azeredo reitera - como já esclareceu com documentos, por iniciativa própria, à CPI dos Correios, no dia 02 de agosto - que desconhecia o empréstimo feito pela agência DNA junto ao Banco Rural. Eduardo Azeredo reforça que não autorizou ou avalizou tal empréstimo e que a operação também não teve aval de membros do governo estadual ou do PSDB.

Ele afirma que o aval foi dado por sócios da própria empresa, conforme documento entregue à CPI. Portanto, trata-se de uma operação restrita à agência e ao banco. Azeredo volta a ressaltar que não sabia dos valores, dizendo que um estado grande como Minas Gerais, é impossível que o Governador, em disputa pela reeleição, possa cuidar de ações administrativo-financeiras da campanha.

Os pagamentos são feitos por uma coordenação, conforme atesta em carta de próprio punho o coordenador financeiro da campanha de 1998, no caso Cláudio Mourão, que não foi localizado desde a divulgação das denúncias. O senador disse que a carta do coordenador também foi encaminhada pelo senador à CPI. Azeredo afirma que o empréstimo envolveu exclusivamente uma empresa e um banco, e a cobrança, feita judicialmente, também envolveu apenas essas duas partes.

Diz ainda a nota do senador mineiro, que ele repudia as manobras para encobrir o que vem acontecendo no país desde que surgiram denúncias contra o PT. Ele diz ainda acreditar que há uma estratégia armada para confundir a opinião pública com declarações, desculpas e desmentidos seguidos, que apenas prejudicam o objetivo das comissões inquérito.

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