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Fernando Baiano: contradições em delação premiada de Paulo Roberto Costa. | Gazeta do Povo
Fernando Baiano: contradições em delação premiada de Paulo Roberto Costa.| Foto: Gazeta do Povo

O delegado Igor Romário de Paula, que coordena a força-tarefa da Operação Lava Jato na Polícia Federal (PF), disse que a acareação realizada na quinta-feira (5) entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, vai ajudar a detectar qual dos dois está mentindo.

Segundo o delegado, existem muitas contradições nos dois depoimentos. “Não são detalhes, são pontos que são contrários”, disse o delegado. Até as 21h30 desta quinta-feira, os delatores ainda estavam prestando esclarecimentos aos delegados da PF.

Depoimentos de Costa contradizem Baiano.Lúcio Bernardo Jr/Agência Câmara

A princípio, a PF realizaria duas acareações nesta quinta. A primeira, conduzida pelo delegado Luciano Flores, teria como objetivo esclarecer divergências referentes à ação penal contra executivos da Odebrecht. Outros tópicos também seriam abordados, como uso de contas no exterior e envolvimento de políticos e ex-parlamentares no esquema.

Uma das divergências trata da suposta entrega de R$ 2 milhões para o ex-ministro Antônio Palocci em 2010. O dinheiro teria sido usado pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) naquele ano. Enquanto Costa confirma a entrega do dinheiro, Soares nega que isso tenha acontecido.

Na segunda acareação, conduzida pelo delegado da PF Eduardo Mauat, seriam esclarecidos pontos recentes a divergências nos depoimentos relacionados à ação penal contra executivos da empreiteira Andrade Gutierrez.

Improdutividade

Antes da tomada dos depoimentos, o advogado de Soares, Sérgio Rieira, disse não acreditar que os procedimentos seriam produtivos. “Eu acho extremamente infrutífera uma acareação”, opinou. Ele afirmou que Soares confirmaria integralmente o teor de seus depoimentos. O advogado de Costa, João Mestieri, também garantiu que seu cliente iria manter o que já disse anteriormente.

Se ficar comprovado que um dos colaboradores está mentindo ou omitindo informações, ele corre o risco de perder todos os benefícios do acordo de delação premiada.

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