A bancada do PPS aprovou nesta quarta-feira (24) o apoio à candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR) à presidência da Câmara. A decisão foi unânime, sem a necessidade de votação.
"Houve consenso. A bancada acredita que o nome de Fruet é o melhor para a Câmara", disse o líder do partido na Casa, Fernando Coruja (SC). A Executiva Nacional do partido já havia manifestado intenção de apoiar o tucano. A bancada apenas ratificou esse desejo nesta quarta.
O PPS elegeu 22 deputados, mas dois deixaram o partido (Lucenira Pimental-AP e Homero Pereira-MT) e a bancada começará a próxima legislatura com 20 parlamentares. Desses, nove compareceram à reunião desta quarta. Os demais, segundo o líder, telefonaram para manifestar apoio a Fruet. "Não houve defecção", afirmou Coruja.
Com a adesão do PPS, o tucano tem agora dois partidos oficialmente ao seu lado depois que o PSDB anunciou apoio ao seu nome, lançado na semana passada pelo grupo da "terceira via".
Segundo turno
Nas contas de Fruet, a manifestação de deputados de PPS e PSDB pode, juntamente com outros parlamentares, ultrapassar cem votos na eleição, em 1º de fevereiro, o que aumentaria as suas chances de chegar a um eventual segundo turno.
Os apoios anunciados são apenas uma indicação de voto da bancada, já que a votação é individual e secreta no dia da eleição.
Nas dissidências, por exemplo, estão as grandes apostas do atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato à reeleição. Oficialmente, Aldo tem o apoio de PC do B, PSB e PFL buscar. Ele, no entanto, acredita em votos de deputados de outros partidos, como PSDB, PPS, PTB e PMDB buscar.
Os dois últimos, aliás, estão ao lado do candidato do PT buscar, Arlindo Chinaglia (SP). O petista tem a seu favor o maior número de partidos até agora. Além de PTB e PMDB, apóiam Chinaglia seu próprio partido, o PT, o PR (um bloco de Prona, PL e PSC) e o PP.
Em reunião com aliados na terça (23), Chinaglia avaliou que tem entre 270 e 300 votos favoráveis à sua candidatura, o que liqüidaria a disputa em primeiro turno, já que, para vencer sem a necessidade de uma segunda votação, o candidato precisa dos votos de, pelo menos, 257 dos 513 deputados.
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